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Recomendados do Mês - Outubro de 2023

Atualizado: 14 de mai.

Depois da chegada da primavera, no fim de setembro, e outubro abraçando a estação (e o calor!), parece que basta um piscar de olhos e já estamos no finzinho do ano celebrando o natal! Com o tempo voando, é preciso um pouquinho de arte e inspiração pra encher nosso coração e diminuir o barulho da correria do dia a dia! Outubro veio recheado de nostalgia, reflexão, versatilidade e uma dose de esperança! Vem conferir nossos queridinhos do mês!


THE NAME CHAPTER: FREEFALL, TOMORROW X TOGETHER

Indicado por Tham Sanchis


(Foto: Divulgação)


Conciso, inspirador e nostálgico: essas são as três palavras que melhor definem o último trabalho do grupo sul-coreano TOMORROW X TOGETHER. Talvez por ser um álbum tão preciso, o The Name Chapter: FREEFALL se tornou, inclusive, um dos meus álbuns favoritos deles!


Sua faixa-título Chasing That Feeling nos transporta para, pelo menos, cinquenta anos atrás – e se você ver o MV dela, também sente vibes de como se eles tivessem num filme de alta bilheteria! – com seu ritmo que lembra músicas dos anos 80, além de, claro, despertar a imensa vontade de também buscarmos por algum sentimento dentro de nós mesmos que pode ter se perdido.


Mas não é apenas aí que sentimos isso: a presença desse sentimento de nostalgia, musical e cinematograficamente falando, também existe principalmente na canção Deep Down, onde eles cantam sobre querer a pessoa amada num ritmo de balada a lá anos 2000 que faz com que a gente queira balançar o corpo junto deles!


Ainda podemos ter essa sensação sendo espalhada quando ouvimos duas músicas extremamente roqueiras que estão nesse álbum: Growing Pain e Skipping Stones gritam e trazem ainda mais significado para o álbum mais emocionante da carreira do TXT.


Já em Dreamer, eles nos viram do avesso mostrando um lado mais sensual e melancólico que ainda não havíamos visto em sua discografia, mas deixou toda MOA – nome dos fãs do grupo – de cabelo em pé e subindo pelas paredes, isso é, não sobrou nem um pouco de sanidade para contar história! Happily Ever After, então, existe para contrapor ela da melhor forma possível: é a música que vem com um challenge de Tiktok tamanha diversão que ela traz, mas com uma das letras que batem mais forte para a gente que vive tentando lidar com o fator que a vida não é um conto de fadas – que vivamos ela todos os dias da melhor forma possível, afinal, a graça é que podemos mudar nossos caminhos sempre, certo?


E assim ficamos com as músicas que já conhecíamos, mas couberam nesse álbum direitinho: dessa vez sem Anitta, Back For More (TXT Ver.) ainda dá vontade de sacudir o corpo e deixar ela no repeat também! Enquanto Do It Like That, feat deles com o trio americano Jonas Brothers, traz ainda mais alegria e diversão para esse álbum espetacular e viciante. Por último, Blue Spring, uma música feita para seus fãs, também é encontrada no álbum, como uma promessa de que eles não irão embora e são extremamente gratos pela juventude que viveram ao lado das pessoas que mais os amam no mundo.


Não tem como falar pouco sobre um álbum com sentimentos tão profundos e intensos, mas posso dizer que vale toda e cada escutada. E se conseguir ouvi-lo apenas uma vez, você é definitivamente um ser muito controlado!


E digo um pouquinho mais… Se você chegar até o fim dele, ainda tem uma versão de Chasing That Feeling totalmente em inglês, que solidifica eles como um grupo extremamente versátil quando até em outra língua consegue passar os mesmos sentimentos de quando a cantam em coreano. E aí, vai perder essa?



PRELUDE OF ANXIETY CHAPTER 2: CAN WE SURRENDER?, EPEX

Indicado por Thainá M.


(Foto: Divulgação)


Uma das minhas coisas favoritas sobre música — e sobre arte no geral — é a capacidade que as produções têm de me surpreender e de me colocar diante de sentimentos ou realidades nem sempre tão confortáveis, porém, de uma forma passível de digerir sem grandes dificuldades. O EPEX vem me proporcionando isso desde o início, e com o seu sexto EP, intitulado Prelude of Anxiety, Chapter 2: Can We Surrender?, não foi diferente.


Em sua proposta de tratar vivências juvenis em seus diferentes formatos, o grupo voltou a se debruçar sobre um tema que é recorrente em sua discografia até aqui: a violência escolar. Fazendo uso de inúmeras metáforas e se utilizando de diferentes referências, o EP traz quatro faixas poderosas, com uma sonoridade que se encaixa perfeitamente ao tema sombrio, para o qual eles trazem a possibilidade de não se render.


Surrender, canção que abre o álbum, me ganhou de cara com sua base de baixo tão forte quanto sorrateira, enquanto descreve o sistema de opressão que leva tantos jovens à rendição e à apatia diante dos problemas que os atingem. Full Metal Jacket, a faixa-título, usa de metáforas militares para descrever a cena de guerra que uma sala de aula pode se tornar, tanto na relação dos jovens entre si, quanto na relação de pressão social que os envolvem. Apesar do cenário descrito nas músicas anteriores, Hit The Wall tenta mostrar que é possível provocar rachaduras nos muros do autoritarismo e da violência, em uma sonoridade que parece misturar grunge e toda a potência dos sintetizadores. No Roof fecha o EP com maestria, descrevendo o sentimento de se sentir insignificante, mas lutar para acreditar em um futuro diferente, quase como um apelo por coragem e por sobrevivência.


Com toda essa carga de referência e de importância, sigo sem conseguir escolher uma música favorita e sinto que poderia falar muito mais sobre esse trabalho. ‘Can We Surrender?’ é um EP extremamente coeso e um dos melhores do EPEX até aqui. Para além da importância lírica e da sonoridade incrível, os oito membros ainda nos presenteiam com performances impecáveis, cheias de energia, carisma e vocais poderosos. Sinceramente, é loucura que eles ainda não sejam um grande hit no KPOP.



그래도 돼 (GOOD ENOUGH), CHANYEOL

Indicado por Ju Defávari


(Foto: Twitter/X EXO)


Às vezes, tudo o que a gente precisa é lembrar que sempre há uma luz no fim do túnel ou uma mãozinha estendida pra gente nos reafirmando que vai ficar tudo bem. Foi desse jeitinho, com uma batida leve, a voz mansinha e o Poder Da Amizade que CHANYEOL (EXO) lançou seu digital single 그래도 돼 (Good Enough).


Confesso que precisei reviver a experiência de acompanhar a letra e MV da faixa umas boas três vezes para conseguir entender os sentimentos mistos que Chanyeol trouxe nesse abraço em forma de música.


A jornada é dolorida quando os versos trazem aquele ponto de vista que todos já vivemos: a sensação de não pertencimento, de parecer estar parado e preso em uma rotina ou realidade enquanto o mundo todo se move ao seu redor, o desânimo para sequer sonhar, as inseguranças que às vezes são nossa única companhia. Mas é no refrão que Chanyeol oferece o ombro amigo e nos lembra de que está tudo bem se sentir perdido, está tudo bem levar as coisas no nosso tempo e que eventualmente ficaremos todos bem.


A cereja do bolo é a narrativa e os convidados do MV. Em um cenário onde encontramos ele meio perdido, distraído e frustrado, o coração começa a ficar quentinho com a chegada de Chen, erra as batidas com a aparição de D.O e falta sair do peito quando por fim contamos com a presença de Baekhyun, todos também membros do seu grupo, EXO. A mensagem clara como o lago Mashu, no Japão, de que, não importa o perrengue, tudo vai dar certo se você tiver as pessoas certas e queridas com você. O chorinho escorrendo ao perceber que a família por escolha de Chanyeol são os próprios meninos do grupo…


É simplesmente mais uma do confortoverso criado pelos meninos do EXO. Há quem diga (eu) que 그래도 돼 (Good Enough) é prima de segundo grau de That’s Okay do D.O, mas isso já é papo pra outro post!



DREAM (2023)

Indicado por Tham Sanchis


(Foto: Netflix)


Sabe aquele tipo de filme que renova sua fé no mundo de que nem tudo está perdido? Dream (2023) entra exatamente nessa categoria.


Numa mistura de comicidade com drama, conhecemos a história de Yoon Hongdae (Park Seojoon), um jogador de futebol que ao receber perguntas, numa coletiva de imprensa pós-jogo, sobre sua mãe ser uma fugitiva, se irrita com o entrevistador e literalmente fura seus olhos com seus dedos, acabando por ser mandado para cumprir serviços por esse incidente.


Não é surpresa que esse serviço tenha a ver com sua profissão, aliás, ele teria que comandar um time de futebol. Mas ele não imaginava que seria de pessoas em situação de rua com poucas habilidades para o esporte e ainda seria filmado para um documentário sobre isso, já que precisava demonstrar que não se resumia numa pessoa que saía furando os olhos das pessoas por aí. Sua parceira de trabalho, então, é Somin (IU) – uma diretora conformada com seu trabalho, porém com vontade de vencer – que o acompanharia em todo o processo, inclusive, até ao campeonato mundial de futebol para pessoas na mesma situação que os jogadores de seu time.


Ao passar do filme, conhecemos mais a fundo a história de cada uma das pessoas do time, como eles chegaram a situação de viver nas ruas e descobrimos a melhor habilidade de cada um num jogo de futebol, junto de seu técnico, claro, que também acaba por se afeiçoar por eles com o tempo.


Não é difícil de ver esse filme com sensibilidade, já que as histórias são as mais diferentes possíveis, seja por conta da idade, situação financeira, sexualidade, entre outros. No fim, acabamos por torcer por eles mesmo tendo pouquíssimas habilidades para ganhar qualquer jogo que enfrentassem.


A lição que fica, porém, você só vai descobrir se assistir ao filme! Mas deixo aqui o recado que vale muito a pena – a dupla dinâmica e química que IU e Seojoon têm é definitivamente imperdível!


STRONG WOMAN DO BONG SOON (2017)

Indicado por Daniela Seles


(Foto: Divulgação)


Lá em 2017, a história estava prestes a acontecer: era o ano que estreava um dos K-dramas mais aclamados da Coreia, Strong Woman Do Bong Soon. O drama conta a história de Do Bong Soon (Park Boyoung), que vive no distrito de Dobong-dong, Dobong-gu – e, sim, o trocadilho é proposital. Aqui, a protagonista – nada comum e com uma super força – precisa lidar com diversos desafios do dia a dia, além de trabalhar como guarda costas de um CEO, o Ahn Min Hyuk (Park Hyungsik), por quem ela se apaixona e vive um relacionamento extremamente fofo.


Quando pensamos que Strong Woman combina os gêneros comédia, romance, ação, fantasia, suspense e crime numa só história, podemos ter uma leve sensação de bagunça porque, afinal, como é possível misturar tantos gêneros distintos e sair um produto audiovisual bom? Mas Strong Woman consegue transitar muito bem entre os diferentes gêneros sem que fique estranho ou ruim. Muito pelo contrário, é justamente essa mistura de momentos hilários e emocionantes que traz uma singularidade muito especial para o drama.


Strong Woman é, também, uma história que subverte diversos assuntos, seja por trazer uma heroína atípica, por trazer personagens masculinos em posições não tão ilustradas na história do audiovisual, como MinMin – que é um interesse amoroso nada comum e um super bobo apaixonado – ou até mesmo com a subversão do próprio gênero audiovisual. Enfim, é um drama que traz muita inovação, mas certamente muitas vezes mal compreendido.


Nesse sentido, muitos podem dizer que o drama é muito bobo, que a comédia nele é forçada ou que a história não cativa, mas tenho plena certeza que essa opinião vem de um lugar tradicionalista. Para adentrar o mundo de Do Bong Soon, é preciso estar com o coração aberto e disposto a ver coisas novas e não tão comuns, mas garanto que é uma viagem inusitada, mas muito enriquecedora ao acompanhar as trapalhadas do casal da nação Bong Bong e MinMin.


E ainda que o drama tenha sido lançado em 2017, ele se mantém atual em diversos assuntos e extremamente inovador. Isso se comprova quando vemos que acabou de sair o spin off da trama, Strong Girl Nam Soon (2023), que conta a história de uma prima distante da nossa heroína favorita que fez com que retornássemos para esse universo mágico e empoderador das mulheres super fortes.


STRONG GIRL NAM SOON (2023)

Indicado por Daniela Seles


(Foto: Divulgação)


Em 2017, a história de Do Bong Soon criava um legado memorável que perdura até hoje. Não é à toa que, em 2023, depois de seis anos da estreia de Strong Woman Do Bong Soon – drama que falamos anteriormente – estamos sendo agraciados com um spin-off dessa magnífica história.


Nesse novo projeto, estamos sendo apresentados à história de Nam Soon, interpretada pela atriz Lee Yoo Mi – que fez parte do elenco do famoso drama Round 6. Na nova história do universo de mulheres com super força, Nam Soon é uma garota que desaparece aos 6 anos em uma viagem para a Mongólia. Ela acaba vivendo boa parte de sua vida no país e, decidida a voltar para a Coreia e achar seus pais biológicos, ela, então, começa a aprender o idioma coreano, bem como assistindo produções audiovisuais e ouvindo K-Pop para se aproximar e aprender sobre sua própria cultura.


Concomitantemente, vemos que os pais biológicos da garota, Hwang Geum Joo (Kim Jungeun) e Gang Bong Go (Lee Seungjoon) estão a procurando também. Quando a garota finalmente acaba chegando na Coreia, ela encontra o policial Gang Hee Sik (Ong Seongwu, atual solista que fez parte do boy group Wanna One) com quem ela vai trilhar uma amizade – e muito em breve, talvez, um romance.


Apesar de ainda estar em lançamento, é notório que o drama segue a mesma premissa do drama anterior de subverter as questões de gênero audiovisual: a trama mistura distintos gêneros como comédia, romance e suspense. E, até então, ele tem feito um ótimo trabalho.

É possível ver, também, que a questão do empoderamento feminino é bem presente, uma vez que mostra parte da história da mãe e da avó de Nam Soon. E, falando sobre mulheres fortes, nesse drama temos a visita de uma querida já conhecida e que estávamos com muita saudade: Do Bong Soon. O casal da nação, MinMin e Bong Bong, estão de volta para uma participação especial – e para nos deixar com mais saudades!


Então, para aqueles que estão com saudades desse universo de mulheres fortes, Strong Girl Nam Soon é uma ótima escolha. Esse K-drama também se torna uma boa alternativa para aqueles que querem assistir algo novo, divertido e cheio de referências ao mundinho K-Pop.


E vocês? O que andaram ouvindo e assistindo esse mês? Quer compartilhar com a gente? Comenta na caixinha abaixo!

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