Que 2024 está sendo agitado, não é surpresa pra ninguém! Mas quem diria que junho teria tanta coisa que quase que não dá para acompanhar tudo o que a gente gosta?! Em um mês super musical, o K-Pop preencheu nossos dias de um jeito muito gostosinho, fazendo a gente perceber porque gostamos tanto desse mundinho!
Nesse Highlight temos SUHO, JUNNY, EVNNE e A.C.E mostrando que vieram para transformar nossas vidas com esses comebacks. Vem com a gente!
점선면 (1 to 3), SUHO
Indicado por Ju Defávari
No último dia de maio, Kim Junmyeon (SUHO) decidiu que não bastava os lançamentos recentes de seus migos de EXO (D.O e CHEN), ele também queria brilhar um pouquinho solo e veio arruinar minha vida com seu novo mini álbum, 점선면 (1 to 3).
Todas as piadinhas à parte sobre o SUHO ter o sonho de ser um membro dos Beatles, temos que admitir que ele entregou um rock delicioso que acredito que até Paul McCarty ficaria meio obcecado. 1 to 3 é um projeto com aquele gostinho de conversa e desabafo, em que SUHO revisita sentimentos e experiências de sua jornada como artista, através da narrativa de um astronauta à deriva tentando se encontrar.
Começando o álbum com Mayday, Junmyeon vai criando um climinha familiar pra quem acompanhou os projetos anteriores dele. O instrumental e a calmaria na voz de SUHO nos remete à gentileza com que ele trata tudo e todos, inclusive sua versão mais nova que buscava se encontrar.
E como não há um projeto que eu goste que não tenha uma farofa, ele apareceu com as duas faixas mais chicletes do álbum, 점선면 (1 to 3) e 치즈 (Cheese) ft. WENDY. Ainda em sua skin roqueiro, SUHO traz uma pitadinha de pop com a title e a b-side — lançada previamente ao álbum — pra suprir o coração das agitadas que, às vezes, só precisam de alguma coisinha pra extravasar e pular no quarto. Dito isso, quando em 점선면 (1 to 3) ele diz "I'm still growing up" [Ainda estou crescendo], confesso que me bate uma vontade de dar uma choradinha. Sim, Junmyeon, estamos ainda crescendo e nos descobrindo.
Depois de fazer a gente dar uma rodadinha, SUHO, dá uma diminuída no ritmo com Wishful Thinking que, honestamente, não sei elaborar muito bem os sentimentos que ela passa, mas posso afirmar que é uma delícia. O refrão saído de um universo paralelo me faz transcender enquanto os versos de pré-refrão e ponte, com uma guitarrinha saborosíssima, mantém meus pés no chão e me deixam todinha arrepiada enquanto degusto cada pedacinho de vocal que ele calcula minunciosamente, pra passar o sentimento de tensão e conflito que quer transmitir ao narrar sobre os sentimentos mistos de saber lidar com obstáculos enquanto tenta tomar as rédeas de seu destino.
E falando em transcender, Moonlight também me leva pra outro mundinho! Toda a ~~vibe da quinta faixa do álbum passa um sentimento tão gostoso, uma vontade de Viver com V maiúsculo, de sair em uma aventura, viajar em uma roadtrip, aproveitar os bons momentos da vida! O que me leva àquele pensamento diário de como é incrível o poder da música, pois mesmo sem saber coreano, sinto todos esses sentimentos e, após dar um Google, descubro que é exatamente essa mensagem da música. E que delícia, por 3:11 minutos poder compartilhar com SUHO, um sentimento tão gostoso quanto o de pertencer.
Chegando com Alright Alright (ft. GIRIBOY), SUHO mostra sua versão rebelde — tão rebelde quanto um ~~tiozão como ele pode mostrar — pronto para conquistar o mundo. Em um rockzinho mais retrô, ele traz uma faixa sobre liberdade e sobre expressão com toda a leveza e despretensão que deveríamos levar a vida. A segunda colaboração do álbum adiciona uma pitadinha mais descolada à música com o rap solto e divertido de GIRIBOY.
E para destruir a vida das que Amam Demais, esse maluco decidiu finalizar o 1 to 3 com 무중력 (Zero Gravity). Assim como o restante do álbum, a última faixa é repleta de metáforas ~~astronômicas, mas dessa vez a abordagem é mais delicada, deixando todo mundo xoxo e capenga. Dedicada aos fãs, Zero Gravity termina a jornada do herói do nosso astronauta. Com o coração cheio de amor, ele finalmente descobre o caminho que quer tomar e está preparado para a próxima fase de sua vida, na companhia daquele(s) que ama. Diminuindo totalmente o ritmo do mini álbum, SUHO faz questão de finalizar o projeto em clima de "lar, amor, família".
Gosto de chamar o 점선면 (1 to 3) de filho querido dos seus dois projetos anteriores, Self-Portrait e Grey Suit. Um quentinho no coração misturado com o desenvolvimento artístico de SUHO enquanto ele se aventura por novos estilos e abordagens. Não apenas muito especial vê-lo se encontrando em sua própria arte e fazer parte dessa história, como também fico cheia de sentimentos bons ao poder presenciar um projeto e mensagem tão lindos e especiais quanto o desse álbum. Aquele lembretezinho de que pode parecer que estamos à deriva, mas assim como nosso astronautinha e nosso Junmyeon, ainda encontraremos nosso lugarzinho!
PS: Um álbum de SUHO sobre crescimento, descobrimento e amadurecimento através da narrativa de um astronauta, cheio de metáforas lunares, estrelares, constelares, etc, com um dedinho do JUNNY? Ele me ama e ninguém pode me provar do contrário.
dopamine, JUNNY
Indicado por Ju Defávari
Como pode junho ter sido tão agitado? Depois de passar duas semanas com SUHO atormentando minha mente, JUNNY decidiu que ele queria me deixar obcecada por um projeto próprio. Depois de lançar milhões de singles nos últimos dois anos — não estou reclamando —, JUNNY lançou seu novo mini álbum dopamine me fazendo ser grata por cada segundo de espera se isso significava ter um mini tão ~~saboroso como esse!
Usando o apelo das relações interpessoais, JUNNY consegue simular as manifestações da — como o título diz — dopamina em narrativas poéticas e metafóricas, traduzindo suas emoções através da música. Tudo isso fazendo um casamento perfeito entre os temas e letras das faixas e o arranjo elaborado para expressar de forma perfeita o sentimento que o mini album deseja passar.
Normalmente não sou muito fã de quando os álbuns já começam com a title, mas, nesse caso, a escolha da primeira faixa ser RUSH (ft. BOBBY) cai como uma luva! Já trazendo a proposta do álbum, o estilo característico das produções do artista e o feat que eu não sabia que precisava até tê-lo, a title já chega chegando e deixa a gente com gostinho de quero mais, após uma dose da tal emoção que a bendita da dopamina libera.
De forma muito consistente e dançante, JUNNY segue com as faixas Here We Go Again, TASTE, Complications (ft. SOLE) e Daylight, todas sobre sentimentos conturbados, confusos ou conflituosos — pisque duas vezes se precisa de ajuda, JUNNY. Com mais um feat. que parecia estar escrito nas estrelas e de um jeitinho que só ele sabe fazer, o produtor une essa temática da busca, da tentação e do querer em contraste com a emoção e o estresse causados, a um estilinho muito característico dele com sabor de R&B e uma pitada de pop. A receita perfeita pra um projeto super chiclete, que o único defeito é acabar rápido demais — a parte boa é que, quando acaba, já dá pra ouvir de novo.
E pra finalizar com uma bordoada, esse maluco (affectionately) termina o dopamine com a música mais melodiosa e melancólica do álbum, figure8. Mais uma vez usando seu jeitinho poético de unir a música com a letra, JUNNY simula o sentimento de conforto e calmaria no fim de alguma jornada, me deixando xoxa com a emoção que ele passa, não ironicamente, na conclusão do projeto.
Não é de se chocar que estou completamente obcecada por esse projetinho feito com tanto cuidado e atenção! De farofas à sensualidade e à um cafuné na ~~cachola, o dopamine é um mini álbum completo que já está concorrendo a um dos meus projetos preferidos do ano!
RIDE or DIE, EVNNE
Indicado por Tham Sanchis
Enganou-se quem pensou que seria a primavera coreana que traria ao mundo os maiores hits de amor que aquele país já viu em 2024. Aparentemente, eles estão vindo agora no verão de lá — que tá chegando até aqui, né?... — e vão continuar tomando nossos corações até o último dia de calor possível. Mas esses hits não são como aqueles de 'amores de verão' regados de festa e curtição, e sim aqueles reminiscentes, que trazem uma sensação de conforto, paz e... intensidade — ou seria eternidade?
Dessa vez, o EVNNE lançou seu terceiro mini com cinco músicas para lá de românticas e já faz uns bons dias que não consigo parar de pensar que foi um ótimo prelúdio para tudo que ainda vai ser lançado por aí. Eles abriram o verão muito bem com sua faixa-título Badder Love, contendo um MV — e uma versão dela totalmente em inglês no fim do álbum — que faz a gente sentir quase que uma nostalgia de algo que não vivemos... Que delícia viver um verão com gostinho de adolescência, né? Eles trazem esse sentimento com maestria!
Badder Love é apenas o pontapé de um álbum inteirinho de doçura, amor e ternura. Enquanto nela sentimos a vontade de acelerar, se jogar no mundo e em novos amores com tudo, as próximas são praticamente confissões de amor em forma de música. Preciso dizer algo da segunda canção que literalmente se chama I <3 U (I Love U)? Só isso já diz muito, né... Ainda assim, ela é daquelas praieiras, mas muito calminhas, quase que uma trilha sonora de uma beach trip!
XO é a terceira e se vocês não sabem o que significa, aqui explico: em inglês, X é abraços e O, beijos, enquanto que em coreano X é não e O é sim... Que jogo de siglas, né? Mas a música é justamente sobre a pessoa amada dizer 'sim' ou 'não' para a confissão que foi lhe dada. Uma delícia!
Logo após, chegamos a minha favorita: 2x! Se fala "two ex" como em "duas vezes" e aqui temos uma música que conta como tudo parece acontecer rápido quando se está com quem se ama e devagar quando a pessoa está longe. De fato, quando a gente ama, as coisas ficam mais intensas, logo, o tempo passa mais rápido quando o verdadeiramente aproveitamos, né?
Por último, temos Boom Bari, que inclusive alugou uma galáxia na minha cabeça com seus "boom, bari bari boom boom"... Eles explicam nela que o nome de sua galáxia com a pessoa que se ama se chama Boom Bari. E óbvio que é a coisa mais fofa do mundo essa música! A vontade de morar nela é real!
Em suma — pois já falei muito —, esse mini álbum está imperdível e eu, se fosse vocês, não deixava de se apaixonar junto deles... Corre que dá tempo de escutar tudinho e aproveitar muito esse verão coreano também 😉
Supernatural, A.C.E
Indicado por Ju Defávari
E pra terminar a farofada, veio aí mais uma que veio disputar minha atenção nesse mês tão cheio. Após todos os membros do A.C.E terem saído das trincheiras, o grupo fez seu primeiro projeto OT5 — Jun, Donghun, Wow, Byeongkwan e Chan —, Supernatural, o novo special single em inglês.
Depois que minha querida amiga Lana me apresentou ao A.C.E — em defesa dela eu meio que perguntei no Twitter (agora X) quem eram os queridos cantando Someone You Loved do Lewis Capaldi —, nunca mais tive paz. Então, quando achei que My Girl tinha comido todos os meus neurônios, Supernatural veio provar que sempre dá pra ficar mais maluca.
Com uma ~~vibezinha retrô, um baixo muito gostoso e aquele assoviozinho que não sai do cérebro, Supernatural conta com uma letra super flertosa me remetendo aos hits maravilhosos de R&B dos anos 2000. E não bastando toda essa pouca vergonha (affectionately), o MV é completa perturbação. Com dois cenários, um look Hering e outro ADIDAS, o vídeo de performance apresenta uma coreografia saborosa e divertidíssima cheia de quadris latinos, como apenas o A.C.E sabe fazer!
O special single nos proporciona seis versões da música. Além da versão original, em inglês, foram lançadas também as versões coreana, sped-up, instrumental, remix acústico e remix R&B.
Meu primeiro comeback do A.C.E não poderia ter sido mais divertido! Há um mês com essa em uma das minhas mais ouvidas de junho, acredito que ela não saia desse posto tão cedo. E cada vez mais ansiosa pra viver os próximos comebacks desses queridos! (Obrigada, Laninha)
E por aí?! Quais projetinhos deixaram vocês obcecados esse mês? Assistiram à alguma coisa legal? Ficaram com alguma música ou álbum no On Repeat do Spotify? Vem recomendar pra gente!
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