Que mês de agosto foi esse? Ao mesmo tempo que ele pareceu ter três meses dentro dele, os dias também passaram extremamente rápido e meteu tantos acontecimentos que foi um tanto quanto difícil de respirar dentro dele. Mas a gente deu um jeitinho e estamos com a lista prontinha do que morou em nossa cabeça esse mês, com lançamentos que acontecerem nele e no mês passado. NTX, ZEROBASEONE e o drama Renai Battle Royale compõem ela e você pode ler um pouquinho sobre logo abaixo.
Vem com a gente!
HOLD X, NTX
Indicado por Tham Sanchis
Depois de ter sido arrebatada pelo NTX nesse mês de agosto e escutar toda sua discografia, tive uma das minhas melhores descobertas do ano: que eles eram um tesouro escondido nas ilhas desertas da Coreia. Não mais perdidos, foram achados e agora têm um espaço muito especial em meu coração e em vários outros no mundo todo. Poderia indicar aqui todos os álbuns deles — pois estou viciada em tudo! —, mas nada mais justo do que falar de seu último lançamento, o mini álbum Hold X, que saiu mês passado.
Foi com PROBLEMATIC, faixa título do comeback, que eles resolveram me fisgar. Cantando sobre ir em frente sem olhar para os lados, sem pensar nos adversários, se tornando donos de sua própria narrativa, eles passam força e coragem de ser nós mesmos sem o medo nos corroer, talvez até com coragem de de ser "vilões" em algumas histórias. Também sou obcecada por Hojun mandando o gogó com um "my bravery is incomparable to anything" (minha coragem é incomparável à qualquer coisa) mais pro fim da música. Que cena que eles fazem mesmo!
E não para por aí: seguindo esse pensamento no mini todo, também temos Kick It The Door nessa mesma pegada, nos convidando a não ficarmos parados e arrombar portinhas, usando a nossa coragem para ser, sentir e viver! Mas claro que temos aquelas mais melódicas, e é com Just Once que eles nos colocam para chorar nesse álbum... NTX, vocês pegam mesmo no nosso calo, né?
Sendo um álbum mais sobre vibe e viver o momento, eles me pegaram mesmo foi com Ivy Booth, que parece o auge da carreira deles já. Como pode uma música nascer sendo tão perfeita para ser ouvida todos os dias e fazer a gente se sentir num karaokê, mas não cantando, e sim pela atmosfera acústica, como se tivesse com o ser amado dividindo de um momento tão vulnerável como mostrar sua voz... É romance purinho! Rawhyun, integrante produtor deles, também trouxe um ambiente ainda mais acústico, porém, na versão solo dela que postou em seu soundcloud. Impossível não amar para quem gosta de uma música ao vivo.
Hold X, então, é encerrado com MYFUL, sendo claramente uma música do grupo para seus fãs, os NTFUL. Uma delícia de escutar também! É quase que instantânea a vontade de participar desse clã. Dizendo que eles estão aqui para quando precisarmos, ouvir isso ao ser conquistada por eles, é aí que a gente pensa um "acabou, eu me rendo, NTX!" e resolve abrir de vez o coração para eles.
Sem mais delongas, fiquem à vontade para checar tudo isso no próprio álbum deles! Não irão se decepcionar!
CINEMA PARADISE, ZEROBASEONE
Indicado por Tham Sanchis
Lembro como se fosse ontem de quando o ZEROBASEONE debutou e eu constatei o óbvio: a experiência de viver um grupo nascido da (ex) franquia de realities Produce é realmente algo. Eles podem não me conquistar com todos os seus comebacks, mas quando conquistam é de balançar todas as minhas estruturas à ponto de querer falar aqui sobre todas as nuances que trazem no álbum por completo.
Cinema Paradise saiu no último dia 26, com sua faixa título sendo GOOD SO BAD, uma música que por si só já dá um sentimento gigantesco de que algo extraordinário acontece dentro dela. Aquela atmosfera de grandiosidade, como se estivéssemos dentro de um filme... E ela se torna ainda mais real quando vemos o MV da música e também ouvimos o resto do álbum: aqui o conceito é "faça seu próprio filme". E se você não entende o porquê, tem uma parte do MV em que fica tudo explicado!
Toda essa narrativa também se mantêm no álbum. KILL THE ROMEO, como o nome mesmo fala, tem uma referência clara ao clássico Romeu e Julieta, onde eles, como personagem principal, não querem ser o Romeu de sua amada, até porque essa história é deles e eles precisam acabar com Romeu! Outra música do mini em que podemos sentir essa vibe de não seguir o que os "diretores" — alguém com poder maior de definir o que pode ser a nossa história — desse filme querem, é Road Movie. Ela nos dá aquela confiança para ir além, sair do comum, pegar o caminho mais longo porque ele pode ser mais bonito e encantador.
Imsonmia traz a vibe de romance que também perdura nas músicas, isso é, eles não conseguem dormir de tanto que amam. Ah, porque o amor... E porque o calor! Lá na Coreia ainda é verão, e, cá pra mim, esse álbum tem a exata dose de fim de verão que precisamos: a brisa, o calor, cinema, praia... Um pinguinho de nostalgia também! Tudo isso misturado dá em The Sea - ZB1 Remake que eles trazem nesse álbum como um romancezinho praiano, sendo a música original do grupo misto UP (1996-1999), que completa perfeitamente o álbum — diria que é um respiro e respingo dentro dele.
O que ficou para o final foi a maioral Eternity, canção onde eles falam sobre não haver eternidade, sobre a necessidade de viver e aproveitar o que o aqui e o agora nos dão. Uma mensagem para seus fãs que o que importa é o que estão vivendo no momento e que nunca esquecerão disso. As memórias são a chave para se viver com mais fulgor, afinal. A dose a mais de frescor é YURA YURA - Korean Version, que finaliza o álbum mostrando que essa atmosfera já estava sendo prevista desde seu lançamento japonês, agora também em coreano.
Sem conseguir fugir do encanto desses queridos, Cinema Paradise está em looping por aqui e sinto que vocês também deviam o tentar..! É de palpitar o coração e agradecer por vivermos no mesmo momento que o ZEROBASEONE 💕
RENAI BATTLE ROYALE (2024)
Indicado por Tham Sanchis
Estava doida para dar play nesse drama japonês desde que foi anunciado pela Netflix que meu querido Ryubi Miyase — que até já indiquei aqui na Ode — estaria no elenco principal dela. Se estivesse no de apoio eu também assistiria, mas quando vi que ele seria protagonista dessa belezinha aqui, comecei a contar os dias para quando saísse!
Em japonês Renai Battle Royale, em inglês Chastity High e em português Escola dos Romances Proibidos, o drama aborda a história de Ichica Arisawa, uma jovem que estuda numa escola de alto nível apenas para meninas com sua melhor amiga Ema, em que elas sonham em se formar e aproveitar ao máximo o Ensino Médio. Cheia de planos para o futuro ano, já que sua escola ia se fundir com uma de jovens meninos, elas são surpresas com a notícia de primeiro dia que estaria estritamente proibida a relação amorosa na escola, sendo cabível expulsão caso algum casal fosse pegos juntos, fosse dentro ou fora do colégio.
Com suas próprias motivações, porém, muitos dos alunos continuam a se relacionar enquanto outros estão a disposição para acabar com o relacionamento dos outros. Ichica, que encontra um menino que ela havia conhecido sem querer alguns meses atrás no hospital, Ryogo Maki (protagonizado por Ryubi), acaba por o pegar no flagra enquanto fica com uma menina que acaba oferecendo dinheiro para que ela não compartilhasse daquela informação, já que Ichica os ajuda a encobrir. Com resistência, ainda assim, ela topa e percebe que poderia fazer dinheiro com isso, já que seu pai havia fugido de casa com uma dívida enorme e sua mãe tem que arranjar mais de um trabalho para pagar não apenas a dívida mas também a escola da filha, já que elas não são da mesma classe que os outros da escola de Ichica e era o sonho da mãe dela dar para a filha uma boa educação.
Arisawa, então, cria o Love Keeper, sistema onde ela cobra das pessoas para não revelar seus romances, enquanto também participa na escola da "Caça ao Coelho", onde alunos procuram achar os romances escondidos para que a escola faça justiça. Antes dos romances serem revelados, ela faz um acordo com o casal para que a quantia seja dada e ela, assim, apaga a informação do sistema da escola antes que chegue na diretora. Nesse processo, vemos os mais diferentes cenários possíveis: romances de todos os tipos, expulsões dolorosas e amizades sendo feitas e desfeitas, tanto quanto inimizades também.
Sendo um drama que nos cativa não apenas pela história, mas também pelos seus personagens extremamente reais, assumo que não consegui desgrudar e parar de pensar nele até o terminar. O acontecimento ápice do dorama* é baseado parcialmente numa história real, onde uma aluna de uma escola japonesa foi expulsa dela por se relacionar com um menino, e logo em seguida processou a escola por isso, até mesmo ganhando a batalha.
Renai Battle Royale também traz temas ricos para a sociedade que vemos hoje, principalmente no leste asiático, onde a motivação da escola para a proibição dos relacionamento também se baseia no baixo índice de natalidade e a falta de vontade das mulheres de terem filhos — por mais contraditório que possa parecer, no fim, há uma justificativa para tudo.
Com essas e outras diversas reflexões, o drama está disponível na Netflix Brasil desde o dia 29 de agosto prometendo ser a nova obsessão do momento!
*Dorama é um termo usado apenas para dramas japoneses, enquanto Drama pode ser usado para todos os formatos de séries asiáticas, incluindo doramas.
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