Abril foi um mês conturbado por aí também? De vários acontecimentos, mas que passaram de forma rápida, quase como um borrão? Aqui foi quase assim! E, por isso, esse Highlight tá cheinho do que fez esse mês desacelerar pra gente, trazendo mais cor e vivacidade para ele. Venham ficar a par do que nos deixaram completamente fascinadas esse mês!
MINISODE 3: TOMORROW, TOMORROW X TOGETHER
Indicado por Tham Sanchis
Passado, presente e futuro são temas extremamente recorrentes quando a gente fala dos comebacks do TOMORROW X TOGETHER. Os sentimentos despejados em suas músicas sempre tem relação com alguma fase da vida — se não a mesma, a juventude — e dia após dia eles continuam mostrando que são performers extremamente dedicados e apaixonados pelo seu trabalho — e se você também ama ver pessoas amando o que fazem, tenho certeza de que se apaixonaria por eles também!
No terceiro minisode de sua carreira, 'TOMORROW' — que é normalmente considerado um ato separado entre uma série de álbuns —, o TXT trouxe mais uma vez sua marca em todo o mini, dando destaque a, claro, sua faixa-título Deja Vu, uma música que fala sobre promessas, passado, sentimentos e continuar acreditando em tudo isso. Praticamente uma ode a pessoas nostálgicas — ou fazer com que esse sentimento volte a nossa pele e coração se um dia já fomos assim, com um toque do que ouvíamos lá no início da 3ª geração.
Acompanhando essa música, temos a b-side que eles promovem junto dela, I'll See You There Tomorrow, uma balada que dá vontade de dançar por aí como se não houvesse amanhã — mesmo eles frisando que tem! — e ao mesmo tempo agradecer pelo eterno sentimento de felicidade que eles sempre passam. Miracle é outra que é impossível não querer cantar com todo seu fôlego num show e apenas reforça a ideia de que esperar por um amanhã melhor é algo que sempre podemos manter em nosso coração.
Mas uma vez que chegamos em The Killa (I Belong To You) e Quarter Life já sabemos que vamos nos deparar com verdadeiros sentimentos de pertencimento: Soobin e Yeonjun cantam na primeira sobre um amor que se entrega de corpo e alma ao ser amado enquanto Beomgyu, Taehyun e Huening Kai usam suas vozes para falar o que é a crise dos vinte, aquela que pode vir de diversas formas e faz a gente se sentir fora de qualquer mundo que nos foi criado. A volta das músicas de unit foi um estouro e um momento ainda maior de brilho para cada um deles!
Poderia continuar aqui transmitindo por mais trinta parágrafos as referências da lore deles principalmente na faixa-título, mas a recomendação que eu deixo é de não apenas ouvir esse mini como também ir atrás do que eles costumam falar em suas músicas — elas tomam outro sentido quando temos um background maior! Mas, claro, aproveitem de seu jeitinho, só não deixem de escutar esse super comeback ;)
HOW?, BOYNEXTDOOR
Indicado por Tham Sanchis
Agora vamos falar do grupo que faz a nova geração, que nasceu no ano passado, se tornar cada dia mais divertida? Ele mesmo, o BOYNEXTDOOR! Se esses meninos não conseguem te tirar um risinho, um coração batendo mais forte, um tremelique, eu tenho notícias pra te dar... Vá a um médico! Urgente!
Não sabemos se HOW? é o último álbum da série dos "o quê's e porquê's", mas agora sabemos que ele vem no meio dessa brincadeira! E como sabemos? Vendo a capa do álbum e percebendo que ela tem um dégradé dos outros nas pontas. E aí sim eu começo a falar dessa belezinha, pois agora vai fazer sentido: nesse terceiro mini álbum, eles falam como a relação amorosa que eles retratam em sua lore — que no anterior, WHY.., já estava acabada — de fato acabou. Mas antes temos as músicas de amor, claro!
Earth, Wind & Fire, a faixa-título, é um grito de "você é mais que meu amor, é meu tudo!" da forma mais divertida possível. É pura energia, te tira risos e vontade de amar. E como esse é apenas o ato principal, o HOW? nos dá um panorama do que aconteceu bem aqui: temos músicas do início de tudo, de quando a relação estava acabando e até uma canção que não é sobre amor — é sobre aproveitar a vida sem pensar em romance!
Em OUR vemos como tudo começou na mesma vibe fun & games que é o início de um relacionamento — um passeio de mãos dadas e quando dois viram um. So let's go see the starts? Um verdadeiro hino apaixonado, o auge do romance dessa nossa década, com certeza! É de chorar de tão bons que são os vocais desses meninos!
A fase de transição de "tudo perfeito" pra "puro desastre" a gente vê em Amnesia, onde vemos uma figura diferente: brigas, esquecimento e um relacionamento conturbado de momentos bons e ruins. Mas antes dele ter um fim, eles percebem que podem ficar bem também sozinhos em l i f e i s c o o l — a vibe dessa música é perfeita e te dá vontade de simplesmente esquecer tudo de ruim e apenas viver, respirar. E, por fim, temos o verdadeiro encerramento em Dear, My Darling, uma faixa curtinha onde eles apenas desejam que a pessoa amada seja feliz — e que eles vão tentar ser também... É outra que a gente sente no estômago a potência dos vocais deles, dá vontade de chorar mais uma vez.
HOW? é um álbum para pessoas fortes. É de se apaixonar, de quebrar o coração e de se divertir mais que tudo. É de um capricho imenso ver como eles conseguem colocar tudo isso numa só tacada, num só álbum, e lembrar que vários dos integrantes do grupo tem grande participação nas letras dele faz tudo ser ainda melhor. Eu, se fosse vocês, não perderia tempo e ia desfrutar agora desse turbilhão de sentimentos que eles fazem a gente sentir! É de dar cambalhotas!
YOUTH, CHAPTER 1: YOUTH DAYS, EPEX
Indicado por Thainá M.
Depois de seis trabalhos anteriores desbravando o mundo juvenil e sua miríade de sentimentos e enfrentamentos, o EPEX retornou com seu primeiro álbum completo para marcar o início de uma nova era dos oito rapazes, não somente como artistas, mas agora como jovens-adultos — o maknae do grupo, Jeff, finalmente acabou de completar seus dezoito anos! Youth, Chapter 1: YOUTH DAYS, foi lançado no último dia 09 de abril, depois de um single de pré-lançamento ter dado a largada dessa nova trajetória lá em fevereiro.
Após colocar em discussão temas muito comuns como primeiro amor e primeiro término amoroso, e temas espinhosos como adoecimento psicológico, violência escolar e opressões sociais, os membros — agora oficialmente vistos como adultos pela sociedade — adentram temas que envolvem amadurecimento, perspectivas para o futuro, amor e as lutas diárias que entrelaçam todos esses, em oito faixas que parecem curtas demais para um álbum tão gostoso de se ouvir. Da primeira à última música, o EPEX transita entre diferentes interpretações de diferentes gêneros, se equilibrando entre o R&B bonitinho e o upbeat pop.
KILLSHOT abre o álbum com muita energia, trazendo uma mensagem de enfrentamento ao que/ou quem nos oprime. Breathe in Love — minha favorita disparada, candidata a favorita do ano, e que também ganhou um MV — e Painkiller trazem o amor para a roda em ritmos totalmente diferentes, mas igualmente viciantes. Youth2Youth, a belíssima title, é a princesa do álbum! Traz não apenas uma mensagem positiva sobre a construção de um futuro, mas exprime isso em cada nota. Tem tanta coisa sobre ela e os desdobramentos da letra que eu poderia falar mais umas duas laudas sobre! Dominate é a música da minha amada rap line! Além do amor que transborda, tenho muito orgulho deles e de como eles entregaram VOCAIS! A música é um doce lembrete sobre não deixar pensamentos negativos e destrutivos nos dominarem. Lay Up é uma das mais saborosas e descreve a via de mão dupla do amadurecimento diante das responsabilidades crescentes. My Secret, da minha vocal line preciosa, prepara o fechamento do álbum com delicadeza. Eles cantam, principalmente, sobre gratidão e sobre como ter em quem confiar é um diferencial positivo nessa fase da vida. Graduation Day, lançada anteriormente, é um adeus aos teenage years. Tem muito simbolismo e emoção e é obviamente um encerramento perfeito pro álbum.
Claro que o tema da juventude é um lugar muito comum no mundo da música, mas achei especial demais como essa temática abraçou o EPEX em um timing nada além de perfeito e a interpretação dos membros em cada música deixa isso muito explícito. Mal posso esperar para apoiá-los ainda mais nesse novo momento!
DIAS PERFEITOS (2024), WIN WANDERS
Indicado por Daniela Seles.
No último mês revi um dos filmes mais especiais que assisti esse ano: Dias Perfeitos, filme indicado ao Oscar e ganhador de prêmios em Cannes. Assisti ele pela primeira vez no dia do meu aniversário, em março, mas acabei revendo recentemente, uma vez que acabei perdendo boa parte do começo do filme quando vi pela primeira vez. Honestamente, assistir esse filme, ambas as vezes, foi um grande acerto. Dias Perfeitos acompanha a história de Hirayama, interpretado pelo consagrado ator Koji Yakusho, e mostra a rotina do homem como zelador e limpador de banheiros pelas ruas de Tóquio.
Uma das coisas que mais vi nas minhas aulas de roteiro era que para criar um bom roteiro, muitas vezes precisamos seguir certas estruturas. Uma delas, por exemplo, é a divisão da história em três atos: a apresentação, e também o momento em que ocorre o incidente incitante; a confrontação; e, por fim, a resolução, onde temos o clímax da história também.
Entretanto, em Dias Perfeitos, muitas dessas convenções são deixadas de lado e adentramos uma história por um outro olhar: um olhar mais simples e sem tantas reviravoltas. Contudo, aqui o simples não carrega um peso negativo, muito pelo contrário, a simplicidade e o olhar para uma rotina ordinária torna o filme especial e encantador. Dias Perfeitos mostra que existe beleza e perfeição nas coisas simples da vida. Existe encanto em escutar músicas, ler livros ou tirar fotos.
Sei que filmes que seguem uma estrutura mais clássica, em geral, possuem muito mais apelo e fisgam mais os espectadores, mas acredito que o filme de Win Wanders é uma ótima escolha para aqueles que querem desacelerar um pouco e se deparar com o deslumbramento nas coisas corriqueiras da vida.
E você? O que mais gostou de ver, ouvir, consumir no geral nesse último mês? Também gostou muito de alguma das nossas recomendações? Venham comentar com a gente!
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